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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Minhoca, Minhoca, me dá uma beijoca...

Beto tem uma tatuagem em caixa alta no antebraço direito escrito Luana, amor eterno. Resultado de um amor meteórico desembestado na adolescência. Antes da declaração cicatrizar, Beto já recebera um pé-na-bunda de Luana, via torpedo tipo “Você é um cara muito legal...o problema é comigo...”. Com o tempo Beto percebeu que o problema era dele, na carne e em letras garrafais. Para a primeira garota que perguntou quem era Luana, Beto, inspirado pelos olhos negros da morena emanando volúpia e ciúmes, saiu-se com essa bizarrice: “É o nome da minha falecida filha. Não gosto de falar no assunto. Dói muito.” Brilhante. Além de ninguém perguntar mais nada ainda ganhava pontos extras como homem fiel e romântico. Com o tempo foi conhecendo mulheres mais esclarecidas onde a maturidade ousa maiores questionamentos: “Morreu como? Com que idade? Como ela era? Você ainda vê a mãe?” Diante das exigências o homem viu-se criando o nascimento, vida e morte da própria filha que nunca teve. Luana nasceu lind