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CAFÉ

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Café Antes de pensar o dia perguntei-me se haveria outra noite suficiente para alimentar todas as bocas estelares. A mudez solar sepultou todos os meus pensamentos óbvios na cova rasa da imensidão galáctica. Vácuo no corredor. Meteórico. Foda. Odeio o dia começar assim da mesma forma que terminou. A cafeteira me inferniza com questionamentos domésticos recheados de rotina maternal. Sofro as lamúrias depressivas das marés, como se não bastasse o que tenho que assistir inerte. Suporto o beijo do aroma do que odeio amar. Fé e mar. Café. Saudade do que nunca se é Foda. Odeio o dia começar assim da mesma forma. O movimento de rotação me embrulha o estômago e sucumbo ao tédio de goles homeopáticos de translação. Não há latitude suficiente para aplacar a longitude de minha desesperança com tantas certezas absolutas. Obtusas, contra ou pró. Sempre profundo. Mundo foda. Odeio o dia começar assim. Dou corda na engrenagem alimentando os ventos antes que a v