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Mostrando postagens de novembro, 2013

Impressões de amor e dor em Maceió.

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A pichação no muro em Cruz das Almas anuncia: “Não seja tolo de acreditar em alguém que não pode nem transformar sua própria vida” enquanto potoqueiros agem impunemente. Sombra de barraca de palha, vento na cara, mar morno brilhando todas as cores dos meus humores em verde, azul, branco, amarelo e... preto. Preto? Arrastando sargaço com os pés estanco. Pecado, penso pulando a língua negra tingindo o mar da Ponta Verde. Pinceladas de cinza matinal. Macaxeira, tapioca, manteiga de garrafa, maxixe, quiabo, boneca de vestido de chita, amendoim cozinhado, queijo coalho, sururu de capote, agulha branca, família farta e amorosa, amigos íntimos para a eternidade. Ensopado de massunim, taioba no shoyo com velhos amigos, picolé de amendoim Caicó, paçoca, bolo de milho, canjica, mingau de aveia e inhame feito pelo próprio pai, céu estrelado, Vênus ou a estrela Dalva balançando no coqueiro? Porteira escancarada, mar que come terra, fumaça, cães fiéis e café coado na confidência das amigas.