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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Coragem, dezembro

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          Caixinhas, comprinhas, lembrancinhas, íntimos esquecimentos; vinhas e rinhas de Natal, não há perdão. Impossível traduzir todo o seu amor em objetos horrorosos.          Forcas bipolares travestidas de guirlandas seduzem inocentes décimos terceiros salários. Papai Noel se multiplica em varandas envidraçadas. Bizarros arranjos penduram o velho barbudo vermelho entre luzes e pedidos de revanche, a memória escorre nos umbrais.  Ambulâncias urgem enquanto shopping centers lotados de calos e dívidas futuras piscam sedutores. Pisca-piscas incendiários, presépios decorados com alienígenas fluorescentes em miniatura: nada a declarar por suas santidades. O povo quer mais. Dingobel, dingobel, acabou o papel.  Hoje vai bater 40 graus. Vai cair o maior toró. Não faz mal, não faz mal, limpa com jornal. Sensação térmica de 46 graus, e olha que não chegou nem o verão.  Esqueceram o vestilador ligado, incêndio num sobrado no centro do Rio. “Rio, cidade que me seduz, de dia falta água, d