Ainda Alagoas
Gaivotas na termal. Não pairo culpa. Até por que nada vejo.
Evaporo entre uma nota e outra antes dos tons pastéis do céu nascer, antes do
eu acordar sibila o som que tudo promete. Há de acordar algo antes da fatura, antes
do cartão de crédito, antes de eu conseguir de meio olho escanear o ganho e a
perda. De passagem, te foder. Antes,
antes, antes; depois, só dívida na quina da mesa. Do ontem, dos teus aqui,
quisera amanhã um clique da paisagem. Eu não vejo culpa, só a bílis carente
beijando pés. Não beijo pés. Nunca. Cravo meu petardo, rasgo o futuro com a
inocência dos bravos, com o regurgitar dos fetos; com o ódio dos babacas mato o
herói. Que me trucidem de urbanidade. Nada temo; tenho CO2 brotando dos poros e
o zumbido dos insanos alimentando a carótida. Venci. Que caiam nuvens, que caia
a conexão, que caiam maracujás e cajus na areia branca de Alagoas enquanto o
mar lambe, goza e descansa a minha febre. Porque ninguém é o que pensa.
Comentários
Brava!
Ida Vicenzia
Nada de novo.
Tudo de novo.
Faça denovo.
Muito bom.
AH!lagoas.
Beijo.
Sammy.
Você, sempre intensa e contundente... muito bom
my
E ainda fiquei com vontade de quero mais...
Seu blog é uma sobremesa! Inevitável querer todo dia e pedir mais um pouquinho!!!